sexta-feira, 17 de abril de 2015

EM NOME DO MEIO AMBIENTE, DA VIDA, DA EDUCAÇÃO, DO SER HUMANO, AMÉM!

A Colômbia criou um guia, ou melhor um “pacto”, conforme um manual emitido pelo Ministério do Ambiente e Agência Nacional de Licenças Ambientais , conforme proclamado: “Para cada hectare de um ecossistema colombiano afetado por um projeto mineiro de hidrocarboneto, infraestrutura ou energia, a empresa responsável deverá proteger dois a dez hectares de um ecossistema correspondente” Logo em seguida vocês verão como até os meios governamentais se utilizam dos recursos da falácia para enganar as pessoas. Principalmente aqueles que se recorrem a cifras de porcentagens. Um exemplo clássico é quando lemos nos jornais que neste semestre foram mortas 5% a menos de pessoas e que os Órgãos de Segurança estão evoluindo no controle ao crime. Imaginem como é falaciosa esta notícia bem endereçada aos incautos. Será que todos os crimes são iguais? Será que todos os crimes tiveram boletins de ocorrência? Será que todos os crimes aconteceram nos mesmos lugares? Por último, é com números estatísticos que se controlam os crimes? Esta mesma atitude falaciosa está nos chamados índices de educação. Um exemplo? No último ano no Brasil o índice de analfabetismo decresceu 2%. Agora imaginem o avanço da deterioração dos prédios escolares, o nível absurdo de qualidade educacional, o aumento populacional que será demanda educacional, etc. Quanto a esta regulamentação ambiental, que não merece este termo, tem a co-assinatura da The Natura Conservance TNC e WWF y Conservación International. Classifico de guia ou “pacto” porque ambas as partes concordaram em assiná-la e cumpri-la, até mesmo porque uma das partes jamais irá cumpri-la. Imaginem que a Colômbia abriga 14% da biodiversidade do planeta e chegou a uma decisão hedionda como esta. Primeiramente ela se torna omissa com a devastação ambiental, passando-se como boazinha e reguladora do mesmo, para o analfabetismo nacional, latino e mundial. O enunciado do manual se for analisado com sabedoria, será facilmente percebido que é desconexo totalmente. Surrealisticamente declara ser a favor do abuso ecológico, pois o que significa o termo “cada hectare” e sua correspondência protegida, o que perguntamos onde? como? quando? se vale a pena? O espaço de dois a dez hectares, ou seja oitenta por cento de vácuo ecológico, fica por conta do seu espanto. Imaginem a infantilidade deste manual! Podemos até mesmo viajar um pouco: “por cada homem morto pela indústria de fumo, as indústrias de tabaco se responsabilizarão pelos pulmões de dois a dez homens, etc!!!????” Por cada pessoa envenenada pelo “carro da fumacê que mata a dengue (e o resto também), serão protegidas duas ou dez pessoas naquela cidade de qualquer forma de poluição do fumacê da dengue. Acrescentado fumaças de cigarros, maconhas, charutos e gases soltos à revelia de alguns despercebidos. Por cada pessoa geneticamente alterada por alimentos transgênicos serão bem alimentadas saudavelmente duas ou dez pessoas. Elas formarão um novo tipo de ser humano com sorriso executivo e disponibilidade para vendas e negócios, inclusive para aplicações nas bolsas financeiras. Será que alguma recompensa de recuperação ambiental, será compensatória diante da legalização da destruição do meio ambiente? Até quando a falácia estatística será usada para enganar as pessoas continuamente? Quando teremos uma educação que forme pensadores capazes de perceber as raízes exatas das questões sócio/histórica/culturais/ambientais? Quando indagaremos se formar seres "para a vida", não seria a preparação de roboloides para atender aos mercados e as mercadores de corpos e almas, uma vez que esta "preparação para a vida" que se propaga por aí, não passa de uma estratégia para o continuísmo e não para a transcendência e transformação de todo o caos humano.

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